quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ciência dura no soft virtual

A divulgação científica cada vez mais ganha reforços da própria tecnologia. Como diz Michel Serres a ciência tem uma linguagem própria, isto é, a ciência fala com a ciência. De certa maneira é isso que está ocorrendo com as novas tecnologias de comunicação. Demorou, mas finalmente os cientistas estão se rendendo a uma tecnologia já há algum tempo muito difundida na internet, as redes sociais.
Estão praticando um diálogo sobre suas atividades, com novas regras, ou melhor, sem elas e, sobretudo, sem as convenções do artigo científico. O bate papo entre um grupo de cientistas vai alem da discussão entre pares é mais democrático e é divulgação científica na raiz praticada pelas fontes produtoras da informação.
Disso fica uma dúvida no ar, será que foram as cientistas que começaram com isso? Estava ficando difícil deixar de espalhar para os amigos as últimas notícias do que se passava lá no laboratório.
– Tem cada simbiose lá na minha placa de petri que vou te contar...
– Será? Eu acho que é uma protocooperação...

Uma nota sobre o assunto saiu do JC e-mail estimulado pelo uso já corrente no meio dos cientístas

JC e-mail 3996, de 26 de Abril de 2010.
http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=70460

Academia passa a utilizar redes sociais da internet para pesquisa

quinta-feira, 22 de abril de 2010

REED-Reduced Emissions from Deforestation and Degradation (Redução e Emissões por deflorestamento e Degradação ambiental)

Futuro do REDD está nas mãos dos esquemas regionais

16/04/2010 - Autor: Fernanda B. Muller, direto do Carbon Markets Americas - Fonte: CarbonoBrasil

Muitas definições ainda precisam ser esclarecidas no contexto internacional para o desenvolvimento do mecanismo de Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação, mas é dos esquemas regionais que podem sair os principais detalhes



Demanda, elegibilidade e a viabilidade são questões ainda pouco esclarecidas, mesmo no Acordo de Copenhague que tantas pessoas dizem ter sido bem sucedido em relação ao REDD.

“Quem vai ficar com os créditos?”, questiona Ruben Kraiem, sócio da empresa norte-americana de advocacia Covington & Burling LLP. Governo, autoridades sub-nacionais ou até mesmo acordos bilaterais, como no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), são as possibilidades na mesa.

Kraiem acredita que este tipo de definição virá principalmente quando for aprovado o projeto de lei que regulamenta o cap and trade na AB 32, legislação californiana para controle das emissões de gases do efeito estufa que deve ser votada até o final do ano.

Ele explica que a Califórnia tem grande poder para influenciar outros esquemas de limite e comércio de emissões (cap and trade), como o federal norte-americano, e por isso é um foco importante até mesmo que o próximo encontro da ONU em Cancun.

“O REDD será um grande componente do mercado de compensações, quando e se um projeto de cap and trade for aprovado nos Estados Unidos”, completou.

Kraiem não acredita que o esquema será baseado em atividades de projetos, mas sim em uma abordagem a nível nacional ou sub-nacional.

“Não será mais possível pegar um pedaço de terra e pedir créditos REDD, mesmo se estiver em risco e não houver vazamento (do desmatamento para outras áreas), a menos que a nível nacional ou sub-nacional”.

“O desafio agora para os desenvolvedores é como criar estes projetos e reconciliá-los com os sistemas nacionais e sub-nacionais de contabilização”, enfatiza.

Eficácia do REDD

Entre as dezenas de questões metodológicas importantes que ainda precisam ser definidas para que o mecanismo de REDD seja efetivo está o monitoramento das florestas ao redor do mundo.

Tecnologias de sensoriamento remoto, envolvendo imagens de satélite e inovações cada vez mais impressionantes, já permitem em resoluções de centímetros, porém elas ainda são privilégio de poucos.

O Brasil possui sistemas super avançados de monitoramento do desmatamento na Amazônia, mas até mesmo nosso país tão elogiado internacionalmente por sua capacidade de acompanhar as florestas, ainda tem carências. O Cerrado deve começar a entrar no programa nacional de monitoramento, porém a Mata Atlântica e outros ecossistemas brasileiros ainda devem esperar algum tempo.

Luiz Saporta, consultor da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), explica que a nível mundial isto é um problema ainda maior. A divisão tecnológica ainda não é generalizada, especialmente nos países tropicais, onde a maioria não tem recursos suficientes para montar um sistema adequado de monitoramento das florestas.

terça-feira, 13 de abril de 2010

AOS CÉTICOS DO CLIMA E AOS QUE DUVIDAM

http://www.youtube.com/watch?v=NVGGgncVq-4
ESPERO QUE ESTE VÍDEO DE ABERTURA DA COP 15 EM DEZEMBRO POSSA FAZER ALGUMA DIFERENÇA.

POESIA DE MARCELO ROQUE ILUMINANDO A NOITE E MOSTRANDO CAMINHOS...

Farol


Tu és de minh'alma, o paraiso;
constelação de versos em meu peito
És o rubor de minha carne,
febre esta que me salva do mundo;
verso em brasa entre meus dedos
Tu és tudo, e ainda mais
Mais que o tempo,
mais que a vida,
mais que a morte
Em meio as mais ferozes tempestades, és tu,
esta infinita paz que sustenta meu corpo

Marcelo Roque

domingo, 11 de abril de 2010

Garrafa pet é transformada em espuma pra colchão

E o empresário Aires de Freitas também investiu no segmento de reciclagem.
Ele descobriu uma fórmula que transforma a garrafa pet em espuma. O negócio começou com 30 mil reais e hoje tem uma empresa que vale milhões.
Pelas informações que eu tenho, pelo que eu tenho observado, realmente é um produto inovador, uma grande descoberta”, conta o empresário.
Formado em tecnologia, o empresário substituiu parte dos derivados de petróleo na produção da espuma por matéria-prima ecológica – o pet reciclado. É que normalmente, as espumas são feitas de derivados de petróleo e emitem o conhecido gee – gás de efeito estufa. Para muita gente, o desafio era impossível.
“Quando mostrei a minha ideia na faculdade, para os amigos, todo mundo dizia que não funcionava e alguns químicos e as empresas também me fecharam as portas, dizendo que era impossível, que não funcionava”, diz Aires.
Foram dezenas de testes para se chegar ao produto final. Mas o tecnólogo não desistiu. Resultado: misturou o pet com aditivos químicos, derivados de petróleo, que ele considera segredo. E num condensador, tudo se transforma numa pasta. O material seco é transformado em pó: ganha propriedades físicas especiais. O processo altera as moléculas do pet.

A mistura ganhou poder de reação química. E vai aumentando de tamanho, dezenas de vezes, em segundos. É o pet em pleno processo de expansão – se transformando em espuma.

O empresário patenteou a fórmula. Com ela, é possível controlar a densidade do produto e fazer vários tipos de espumas. Elas são vendidas para indústrias de colchões, de refrigeradores e de móveis.
A descoberta animou o mercado. O pet substitui até 42% dos derivados de petróleo que fazem a espuma. E custa menos da metade do preço. Isso sem falar que o reciclado não polui. É uma produção limpa.

“O que ocorre é que nós temos um processo limpo, onde só usamos energia elétrica”, comenta o empresário.
Depois de provar que é possível fazer espuma com pet, surgiram interessados no mundo todo. O empresário fez parceria com um investidor e modernizou a fábrica. Hoje, só em equipamentos, empresa está avaliada em R$ 3 milhões.
O empresário vende 580 toneladas do pet em pó por mês, para todo o Brasil. E, também, já tem pedidos dos EUA e Europa. Mas, por enquanto, não consegue atender toda a demanda. O desafio agora é se preparar para um grande mercado.
“Esse mercado é estimado em torno de umas cinco mil toneladas/mês do pó, do produto micronizado. O produto, quanto produzimos estamos vendendo. Muito animado e muito esperançoso... só que a coisa melhore”, conta Aires.

Fonte: http://tv.pegn.globo.com/Jornalismo/PEGN/0,,MUL1563698-17958,00-EMPRESA+DESCOBRE+FORMULA+QUE+TRANSFORMA+GARRAFA+PET+EM+ESPUMA+PARA+COLCHAO.html

sábado, 10 de abril de 2010

POESIA E LIBERDADE EM DISCUSSÃO NA NOITE DE SÁBADO; GLÓRIA KREINZ DIVULGA

Liberta
Que seja livre minha poesia
Liberta das sombras do mundo
e fiel mensageira das coisas não ditas
Que despreze a tênue linha entre o bem e o mal,
e que não respeite nada,
nem mesmo as vontades do poeta
E que não sejam apaziguadores os seus versos,
posto que é a provocação quem alimenta a alma
E que finalmente por ser assim, livre,
venha a ser bela,
simplesmente bela;
voando acima da cabeça dos homens
e ao lado do coração das crianças
Marcelo Roque

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Dia Da Memória

O Ilustríssimo Sr. Artur H., Cônsul da Armênia no Brasil está planejando um discurso de abertura na USP neste mês, onde irá falar sobre o Primeiro Genocídio do Século XX e suas implicações para evitarmos futuros genocídios entre paises vizinhos. Estima-se que existem mais de 100.000,00 armênios no Brasil.

No dia 24 de Abril se comemora o dia da memória, onde são lembrados fatos marcantes da história, um deles sendo o genocídio, de nações como Darfur, Sudão, na áfrica, e Israel, na antiga Alemanha Nazista, está tambem o caso da Armênia, recentemente independente apos a queda da Cortina de Ferro, ainda causa polêmica , pois a Turquia mandou chamar “para consultas” a sua embaixadora em Estocolmo, Zergun Koruturk, e cancelou um encontro bilateral marcado para a próxima semana. Protesta, deste modo, o Parlamento da Suécia ter reconhecido o “genocídio de mais de um milhão” de armênios pelas autoridades otomanas, durante deportações da Anatólia Oriental para o deserto sírio, em 1915.
Há uma semana, o governo turco já havia retirado, temporariamente, o seu embaixador de Washington depois de a Comissão de Relações Externas da Câmara dos Representantes ter votado uma resolução (não vinculativa e que poderá ser passada no Senado) reconhecendo o genocídio armênio. O diplomata Namik Tan ainda não regressou aos Estados Unidos, aguardando “uma clarificação” do Presidente Barack Obama no tradicional discurso de 24 de Abril (“Dia da Memória”).

Tal como Obama, que ficou insatisfeito com a votação no Congresso, prejudicial à aliança estratégica entre os dois parceiros da NATO, também o ministro suéco dos Negócios Estrangeiros, Carl Bildt, dos maiores defensores da adesão da Turquia à União Europeia, exprimiu desagrado por deputados da sua coligação de centro-esquerda terem alinhado com a oposição votando a favor de uma controversa proposta – aprovada com a diferença de um só voto.

“Penso que é um erro politizar a História”, escreveu Bildt num blogue do governo. “A decisão não vai ajudar o debate na Turquia, que se tem mostrado cada vez mais aberta e tolerante à medida que estabelece relações mais próximas com a UE e empreende reformas democráticas necessárias”.

Artur H. comenta que alguns dos turcos que vivem hoje, na realidade, ajudaram os armênios a fugir.

Os armênios, sobretudo a sua poderosa diáspora, insistem em que os otomanos planejaram “deliberadamente” uma campanha de extermínio de que resultaram “pelo menos 1,5 milhões de mortos” , e os que conseguiram fugir se espalharam por todo o mundo, fazendo da Armenia um dos países que possui a maior quantidade de cidadãos fora de seu país de origem. A versão oficial turca tem sido a de que “500 mil armênios cristãos e igual número de turcos” morreram em combates quando, numa luta pela independência, em território maioritariamente habitado por muçulmanos, os cristãos se aliaram a forças invasoras russas.

“Os que pensam que factos históricos e os pontos de vista da Turquia sobre o seu passado mudam com decisões baseadas em interesses políticos de parlamentos estrangeiros estão muito iludidos”, declarou o chefe do Governo de Ancara, Recep Tayyip Erdogan, num comunicado.

A sociedade civil e científica tem o dever de se manifestar contra todos os tipos de genocídio, seja ele político ou deliberadamente uma ausência de atuação governamental. Por exemplo, em 2005 nos EUA, com a aproximação do furacao Katrina, categoria 5, o governo sabia que os Levees (diques)de New Orleans eram adequados para suportar um furacão de no máximo categoria 3, e quando eles viram que o Katrina seria categoria 4 ou 5, o governo não agiu de uma maneira adequada, obrigando as pessoas a evacuar o local, e proporcionando alimentaçāo e policiamento adequado no campo de futebol, Superdrome, que abrigaria as pessoas humildes que nāo possuiam veiculos para evacuar a area ou pessoas doentes ou com problemas físicos.. Após o furacāo, quando constataram que os levees quebraram e a cidade comecou a inundar, o governo tambem agiu de uma maneira desorganizada e lenta para tirar as pessoas do Superdrome e levar as pessoas de New Orleans para lugares seguros. Um fato parecido ocorreu recentemente no Rio de Janeiro, no qual o governo local omitiu informação sobre as mudanças climáticas, que fez com que as chuvas ficassem mais intensas e mais perigosas; o governo local e a guarda civil,não alertaram as pessoas que moravam em áreas de risco em tempo para procurarem um lugar seguro para ficar durante as chuvas, e o governo tambem não proporcionou um abrigo adequado para as pessoas humildes que não tinham condições de mudar para um lugar seguro durante as chuvas.


quinta-feira, 8 de abril de 2010

FRASE EM DESTAQUE DO POST ANTERIOR PARA REFLEXÃO

Estamos vivendo um enorme otimismo científico, resultado de muito trabalho. O LHC é um instrumento tão magnífico que corresponde possivelmente a tudo que o homem pôde construir de tecnologicamente quase perfeito. Acertar um ou muitos prótons contra outros é mais do que tecnologia e ciência. Também é arte. Nem tudo é receita. Há que se usar a criatividade em certos momentos, mas para isto é claro que tem que haver uma sólida formação técnico-científica. E assim começamos a compreender o quanto não sabíamos e o quanto não sabemos e precisamos saber.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

AINDA O LHC EM QUESTÃO

JC e-mail 3984, de 07 de Abril de 2010.

23. O dia em que o homem viu dois prótons colidirem a 7 TeV, artigo de Alberto Santoro

"Sem dúvida alguma a ciência avançou muito. Abrimos a porta de entrada de um local nunca antes visitado"

Alberto Santoro é pesquisador do Departamento de Física Nuclear e Altas Energias da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e participa de experimento no Large Hadron Collider (LHC). Artigo enviado pelo autor ao "JC e-mail":



No dia 30 de marco de 2010 a ciência começou uma nova era: a caminhada para a escala de energia dos 14 TeV. Foi um dia longo e cheio de emoções fortes. Sentimos como se estivéssemos num daqueles dias em que o Brasil disputava uma final de Copa do Mundo. Todos aplaudiam ao ver na tela de transmissão a tão esperada colisão a 7 TeV no momento exato em que o primeiro evento apareceu.



Nunca o homem havia alcançado essas energias. Horas depois, ouviam-se de todos os lados elogios e recebíamos e-mails emocionados dos colegas dizendo o que já estavam vendo.



Este início é de extrema importância para o que se segue. É o momento de começar a construir as amostras de dados que vão nos dar os artigos científicos que levarão a público os resultados desse gigantesco experimento.



Gritei dentro de mim: "Viva o Brasil que está nessa". Foi muito bom. Esquecemos todas as nossas carências e simplesmente comemoramos.



O período que se segue agora, ainda por algumas semanas, é de constatação de que tudo está funcionando como deve e, mais adiante, se estamos observando toda a física já conhecida de outros experimentos. Se todas as componentes do experimento estão funcionando como esperado, se os programas de computadores estão respondendo aos requisitos das partículas que agora se manifestam como objetos reais.



Isto tudo vai constituir a base para as novas descobertas. São delas que alimentamos esperanças de conhecer melhor essa natureza tão fantástica e tão cheia de mistérios. E, francamente, é grande o nosso privilégio de estar participando desta aventura.



De um modo geral, tem se falado na expectativa de se "recriar" o Big Bang. O "Bang" de 7 TeV está muito longe destas configurações. A região de trabalho para a qual podemos obter informações está em aproximadamente 10-20 segundos e não a 10-43 segundos, quando teria acontecido a grande explosão. (A única? A última? A primeira?...).



Uma pessoa me telefonou do Brasil e perguntou: "professor, como é a vida depois de ter recriado o Universo?". Comecei a olhar para todos os lados e respondi: "onde aconteceu isto?".



Eu sei ao que esta senhora está se referindo. Isto é criado pela mídia e não por nós. Sim, alguns físicos falam disto, mas é somente bonito, poético, interessante, e mostra a vontade que cada um tem de ir além de seu próprio mundo. A vontade do homem de dominar o que acontece nesse esplêndido universo de surpresas. E ainda bem que não são poucas.



Saímos para comemorar, mas o assunto não mudou. Você viu aquele traço? Será que...? Uma excitação sem igual. Um dia apropriado para fazer amor regrado de otimismo e prazer.



Sem dúvida alguma a ciência avançou muito. Abrimos a porta de entrada de um local nunca antes visitado. Começamos a calcular sem parar quantos eventos vamos precisar para o [bóson] Higgs. Um outro dizia, precisamos aumentar a luminosidade. A luminosidade é a quantidade de partículas por pacote. Um feixe é como um colar de contas separadas ligeiramente por um fio. Ou como um terço de oração. As contas representariam os pacotes de partículas. Quanto mais denso melhor: mais eventos e mais surpresas. Também mais trabalho e mais difícil fica procurar a "agulha no palheiro".



Estamos vivendo um enorme otimismo científico, resultado de muito trabalho. O LHC é um instrumento tão magnífico que corresponde possivelmente a tudo que o homem pôde construir de tecnologicamente quase perfeito. Acertar um ou muitos prótons contra outros é mais do que tecnologia e ciência. Também é arte. Nem tudo é receita. Há que se usar a criatividade em certos momentos, mas para isto é claro que tem que haver uma sólida formação técnico-científica. E assim começamos a compreender o quanto não sabíamos e o quanto não sabemos e precisamos saber.



Para terminar, por favor, não me peçam para mostrar novamente quanta relação tem tudo isso com nossa vida, nosso cotidiano. Hoje quero somente o sonho dos quarks e glúons. São eles os compostos dos prótons. E são eles que estão em permanente interação. É claro que não esqueci dos léptons. Os elétrons, os neutrinos, os múons (e como tem múons), e os transmissores das interações, os chamados bósons de gauge.



Por enquanto, eles estão trabalhando e nós "fotografando" tudo para depois revelar o que eles estavam fazendo. Criando novas partículas certamente. Assim, para satisfação de todos os que trabalharam anos a fio em silêncio, agora chegou a hora da possibilidade real de ter uma resposta para suas teorias e sonhos.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

MAR DE ARAL JÁ ESTÁ 80% SECO DEVIDO ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

O SECRETÁRIO GERAL DA O.N.U. DIZ QUE O UZBEQUISTÃO NECESSITA DE AJUDA URGENTE, POIS ESTÁ SENDO VÍTIMA DE UMA DAS PIORES CATÁSTROFES DO PLANETA.


ASSISTA NO VÍDEO ABAIXO COMO O MAR DE ARAL FOI, COMO ESTÁ FICANDO E SEUS EFEITOS NA POPULAÇÃO DO UZBEQUISTÃO.
 

 
http://www.huffingtonpost.com/2010/04/04/aral-sea-almost-dried-up_n_524697.html#s78459

http://thegaiaresource.com/effect-of-global-warming-to-aral-sea-two-minute-news

OS LÍDERES MUNDIAIS PRECISAM AJUDAR AS VÁRIAS COMUNIDADES QUE JÁ ESTÃO SOFRENDO COM OS EFEITOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS.

COLETIVO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NJR - ECA/USP: Engenharia Reversa e o Clima

Clima: Manipulação da informação - "Climagate"
Petroleira dos EUA deu US$ 50 mi a céticos do clima

Um relatório divulgado nesta terça-feira (30) pela ONG Greenpeace acusa umas das maiores companhias de petróleo dos EUA, a Koch Industries, de canalizar discretamente quase US$ 50 milhões em uma década (metade disso só entre 2005 e 2008) a uma rede de estudiosos e “think tanks” para “minar a confiança na ciência do clima e promover oposição à energia limpa, nos EUA e internacionalmente”.

Entre os grupos que mais receberam fundos da Koch estão os influentes Instituto Cato (mais de US$ 5 milhões de 1997 a 2008), Heritage Foundation (US$ 3,3 milhões no período), Mercatus Center (US$ 9,2 milhões de 2005 a 2008) e Americanos pela Prosperidade (US$ 5,2 milhões de 2005 a 2008), segundo o Greenpeace.

No total, segundo o texto, a Koch ajudou a pagar operações de mais de 20 organizações que “repetidamente reproduziram e espalharam a história do chamado “climagate” [divulgação de e-mails de climatólogos, revelando tentativa de negar informação a céticos do clima]“.

Também financiaram um estudo “suspeito” que nega que ursos polares estão em perigo e um instituto dinamarquês que produziu material usado como crítica à energia eólica.

O relatório indica que o conglomerado, baseado no Kansas, gastou quase três vezes mais do que a petrolífera ExxonMobil entre 2005 e 2008 – US$ 25 milhões contra US$ 9 milhões – no financiamento de grupos antimudança climática. Também empregou US$ 43,7 milhões com lobby direto e campanhas políticas.

“É hora de a Koch Industries abandonar sua campanha suja e de bastidores contra a ação para combater a mudança climática”, disse ontem Kert Davies, diretor de pesquisas do Greenpeace nos EUA.

Demonização
– O conglomerado não nega os números, mas afirma que o relatório oferece uma representação incorreta de suas atividades e “distorce o histórico ambiental de suas empresas”.

“As companhias Koch há muito apoiam a pesquisa e o diálogo científicos sobre a mudança climática e as propostas de resposta [ao fenômeno]. Tanto a sociedade livre quanto o método científico exigem um debate aberto e honesto de todos os lados, não a demonização e o silêncio daqueles com os quais você discorda”, disse a Koch em comunicado à imprensa.

Sem nenhuma empresa operando com o nome, mas dona de marcas como a Lycra e os copos de plástico Dixie, a Koch tem operações em mais de 60 países, que rendem US$ 100 bilhões anuais em vendas. Emprega cerca de 70 mil pessoas – é atualmente o segundo maior grupo privado dos EUA, atrás da Cargill.

No Brasil, o grupo tem quatro subsidiárias em operação: três em São Paulo (Koch Chemical Technology Group, Georgia-Pacific e Invista) e uma no Rio de Janeiro (Koch Exploration, de petróleo e gás natural).

Procurado pela Folha, o presidente do Instituto Cato, Ed Crane, disse em nota que “o Greenpeace parece mais interessado em nossas fontes de financiamento do que na precisão das pesquisas sendo financiadas”.

“O “Climagate” fala por essa precisão. Dito isso, 95% de nosso orçamento vem de fontes não relacionadas [aos irmãos] Charles Koch e David Koch [controladores do conglomerado], e nenhuma verba dos Koch jamais foi designada para um projeto específico.”

O Cato tem em seu time o climatologista Pat Michaels, um dos mais célebres céticos, que esteve no Brasil nesta semana. (Fonte: Folha Online)

Recebi de :Jornal SOS Verde
Interessante saber dos "mecanismos" de controle da opnião pública !
Analisar toda informação sob vários pontos de vista é ,no mínimo ,esclarecedor!
Miriam

domingo, 4 de abril de 2010

Engenharia Reversa e o Clima

Engenharia Reversa é o processo de descoberta dos princípios de um aparelho, objeto ou sistema através da análise de sua estrutura, função ou operação. Em outras palavras, eu te dou os dados, as medidas, e você me diz o que causou determinado comportamento.

Resumidamente, é isso que qualquer pesquisa sobre mudanças climáticas faz. A Terra é um sistema complexo, em todas as definições possíveis da palavra complexo. O que o planeta nos fornece são medidas: temperatura, componentes da atmosfera, ciclos, registros fósseis, etc. E nos convida a decifrá-la, ou ela nos devora.

Engenharia Reversa é também o princípio que uso na área de genética em que trabalho. Genética é uma coisa difícil de se fazer, simplesmente porque:
- os dados são poucos;
- os dados são imprecisos;
- as moléculas orgânicas que uma célula utiliza em seu funcionamento são diversas, complicadas e dificílimas de se medir;
- os computadores não aguentam processar algumas análises;

Isso te lembra alguma coisa? Pois é, guardadas as devidas proporções, eu e os pesquisadores de mudanças climáticas temos os mesmos problemas. Como dar alguma informação baseando-se apenas em poucos e imprecisos dados? Como propor algum modelo de explicação do surgimento do câncer se eu não confio nas minhas medidas?

Por essas razões, tenho uma dica para os colegas de pesquisa climática. A mesma justificativa que eu mando para a FAPESP em cada relatório meu: metodologia científica + estatística. Acho muito interessante quando a Prigogine fala de uma ciência probabilística, estatística, pois é de uma variação disso que as pesquisas de Engenharia Reversa se utilizam.

Dificilmente a Engenharia Reversa vai te retornar um modelo 100% seguro e preciso enquanto você não fornecer os dados na qualidade e na quantidade corretas. Mas o que ela pode, e consegue, é fornecer FORTES INDICAÇÕES de algumas coisas, APESAR de erros de medidas e INDEPENDENTE do modelo utilizado.

Como exemplo, pense em alguma coisa que dá câncer. O amianto - aquele da telha de construção - dá câncer? Dá. Entenda que ninguém sabe como funciona o câncer, ninguém sabe o que exatamente o causa, muito menos o diagrama da complexa rede de interação de componentes químicos que causa o câncer. Mas análises estatísticas da concentração anormal desse elemento no meio celular indicam câncer, independente da explicação para o câncer que você utilizar.

Em resumo, é metodologicamente possível, sim, fazer previsões sobre o clima. Há algumas indicações fortes demais para serem ignoradas, principalmente as relacionadas às grandes intervenções da espécie humana no planeta. Atacar os métodos utilizados em pesquisas climáticas é negar toda uma metodologia científica sólida que vem funcionando muito bem, obrigado, em diversas outras áreas da Ciência.

Questione métodos e técnicas com resultados e análises científicas, não com política.

sábado, 3 de abril de 2010

POESIA LHC, DE MARCELO ROQUE E VOTOS DE FELIZ PÁSCOA...

LHC

É no mais profundo silêncio do meu ser
que sinto o choque entre meus versos
A velocidades inimagináveis,
espalhando na vastidão de minha existência
flamejantes partículas de mim mesmo
Dentre as quais, encontro-me perdido,
ora nos braços de deus,
ora, sobre as asas do acaso

Marcelo Roque

sexta-feira, 2 de abril de 2010

LHC, NOVO VÍDEO POEMA DE MARCELO ROQUE

LHC Começa a Funcionar Quando o Mundo Comemora a Semana Santa




Glória Kreinz

Com notícias tiradas do Blog Laboratório do jornal Folha de S. Paulo, escritas por Cláudio Ângelo, ficamos sabendo que o LHC começou a funcionar dia 30 de março e o temido buraco negro não aconteceu, como se esperava...

Significativo que seja na semana santa, e na páscoa judaica, quando muitos param para meditar sobre a criação de si mesmo e do mundo... O templo da ciência do século 21 também deu seu recado nesta época... Mas o esperado Big-Bang ainda não aconteceu e o que temos são os prótons em movimento, mas o Bóson de Higgs ou partícula de Deus está adiado mais uma vez... Afinal, ainda ficamos como acontecimento marcante com a clonagem de Dolly...Quando mesmo começou o século 21, só a história dirá...

Prigogine, prêmio Nobel de Química e um dos pensadores atuais que questionam o conceito de uma ciência portadora de certezas definitivas, discute os metarrelatos da ciência, quebrando o conceito de um discurso científico acabado, primeiro e único na sua evidência absoluta.

Afirma:

“Assistimos à emergência de uma ciência que não está mais limitada a situações simplificadoras, idealizadas, mas que nos coloca diante da complexidade do mundo real, de uma ciência que permite à criatividade humana viver como expressão singular de um laço fundamental de todos os níveis da natureza.” (Prigogine, 1996) Então, deixamos aos nossos leitores a poesia e a reflexão...Também o relato da Folha de S. Paulo de 30 de março de 2010:

Aconteceu, senhoras e senhores. O LHC, a máquina "do Big Bang", ou "do fim do mundo", o maior experimento de física da história, começou a funcionar hoje e aparentemente ainda não quebrou. Suas primeiras colisões de prótons de verdade, com 3.5 teraelétron-volts, foram realizadas nesta manhã, para alegria do pessoal do Cern. Contrariando expectativas, o LHC não produziu um buraco negro que engoliria o mundo.

Aguardem a qualquer momento notícias de Rafael Garcia, nosso blogueiro em Genebra.

Escrito por Claudio Angelo às 11h11

Publicado no Blog Laboratório da Folha de São Paulo:

http://laboratorio.folha.blog.uol.com.br/